19 de Maio de 1987. Um meia do Botafogo de Ribeirão Preto chamado Raí estréia pela Seleção Brasileira de Futebol.
Quatro meses depois, sua convocação para a seleção rendeu a maior transação já realizada entre times brasileiros na época: Raí foi comprado pelo São Paulo Futebol Clube por 24 milhões de cruzados.
Mas o time vinha passando por um período difícil, sem títulos, e a adaptação de Raí à cidade, ao time e, principalmente, ao esquema do treinador Cilinho também não foi fácil. Ainda assim, fez parte do grupo campeão paulista de 1989.
Seu desempenho começou a mudar com a chegada de Telê Santana ao time, no ano seguinte. Telê é considerado o grande responsável pelo aperfeiçoamento do talento de Raí.
“O estilo rigoroso do Telê foi muito importante para aperfeiçoar meu jogo. Ele me cobrava o tempo todo, exigia dedicação nos treinos e acabei ficando com os pés e a cabeça mais no chão”, comenta Raí.
Com Telê, Raí treinou exaustivamente a concentração, marcação aos adversários e, principalmente, as finalizações. Raí conquistou a camisa 10 do time e começou a colecionar conquistas. O seu segundo Campeonato Paulista veio em 1991, quando foi artilheiro do time com 20 gols. No mesmo ano, conquistou com um time de craques, como Zetti, Cafu, Antonio Carlos, Muller, Toninho Cerezo, entre outros, o título brasileiro. Em seguida, veio o Bicampeonato na Taça Libertadores da América e do Mundial Interclubes de 1992.
Aliás, uma das maiores recompensas pelo trabalho árduo que Telê e Raí realizaram em conjunto veio justamente na final do Mundial de 1992, contra o Barcelona. Mais precisamente, aos 34 minutos do segundo tempo, de uma cobrança de falta, ensaiada milhares e milhares de vezes. Para muitos, o gol mais emocionante da história da SPFC.
Na opinião de Raí e de milhares de torcedores tricolores, amantes do bom futebol e técnicos no Brasil e no mundo, 1992 foi o ano da consagração do craque.
O caminho natural do já então ídolo Raí eram os campos internacionais. Dentre as várias propostas que recebeu, Raí acabou se decidindo pelo francês Paris Saint-Germain, em setembro de 1993.
De volta ao Brasil em 1998, Raí voltou para o seu time do coração, o São Paulo. Veio, para desespero dos corintianos, diretamente para a final do Campeonato Paulista. Que corintiano consegue esquecer aquela bola desviada no primeiro pau que encontrou a cabeça de Raí na entrada da área e foi parar no fundo do gol? Estava aberto o caminho para os outros dois gols que dariam ao São Paulo o título.
Em 1999, por conta de uma cirurgia no joelho, Raí passou nove meses sem jogar. Assim que se recuperou, voltou ao Morumbi e ajudou o São Paulo a conquistar o campeonato paulista sobre o Santos. O craque aproveitou a vitória para anunciar que deixaria de jogar.
No ano 2000, aos 35 anos, Raí se despediu dos gramados. Mas jamais se despediu do seu amor pelo futebol.
Jogos disputados pelo SPFC: 395
Estreia: 18/10/1987
Último jogo: 22/07/2000
Gols marcados no SPFC: 127
Nascimento: 15/05/1965. Ribeirão Preto (SP).
Títulos conquistados no SPFC: Campeão Paulista em 1989, 1991, 1992, 1998 e 2000; Campeão Brasileiro em 1991; da Campeão da Taça Libertadores da América em 1992 e 1993; Campeão Mundial Interclubes em 1992.
Donwload do Pacote de Fotos de Raí atuando pelo SPFC:
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